Várias pessoas
que acessaram esta página no nosso web site na Internet, me enviaram
mensagens reclamando que não havia nenhuma informação
sobre mim. Vou, então, apresentar um pequeno resumo de minha trajetória
neste pedaço de chão. Nasci em 31 de janeiro, no longíquo ano de ... (huummm, deixa pra lá), pela manhã (minha mãe só lembra que foi de manhã, portanto, para sorte minha, não posso fazer mapa astral, nem conhecer meu ascendente ou o ascendente do meu ascendente). Já anunciando minha predisposição para a preguiça, nasci de cesariana. Fiz todos os meus estudos no Colégio Franco Brasileiro (Lycée Français). Cursei a PUC-RJ onde fiz Direito até o terceiro ano quando larguei tudo para ir estudar música no Instituto Villa Lobos, que ficava na antiga sede da UNE, na Praia do Flamengo. No IVL, comecei fazendo composição e regência, mas, num dado momento, a escola sofreu uma intervenção militar (era avançada demais para os padrões da época) e, sob a direção de um general, meu curso foi transformado em licenciatura em música. Nesta época, fundei um conjunto com outros alunos do IVL - a Camerata de Santa Teresa, cujo repertório básico era música barroca e de vanguarda e onde eu era o fagotista (e muito bom). |
Alguns meses e muitos bons concertos depois, o conjunto terminou por
absoluta incompatibilidade de maluquices entre os músicos. Após um período hippie, onde fui, entre outras coisas, tapeceiro e artista plástico (fazia gravuras), e ao me formar na faculdade de música, resolvi ir com Delfina, minha mulher, para a França estudar música eletroacústica. Fiquei por lá, na cidade de Bourges, estudando composição e pedagogia musical, no GMEB - Groupe de Musique Experimental de Bourges, um dos grupos de vanguarda mais importantes do mundo. |
Compondo nos estúdios do GMEB | ||
Animação pedagógica em Evry, França |
Concerto durante o Festival Internacional de Bourges |
Performance durante o Festival de Bourges |
Participei
de concertos e animações pedagógicas em vários
países da Europa e dei aulas nos colégios franceses por dois
anos quando, por um sentimento besta de que poderia fazer alguma coisa pela
música e pelo ensino musical no Brasil, voltei. Por aqui, tentei incrementar a difusão e o ensino da música eletroacústica (com Delfina e um amigo, Rodolfo Caesar), mas não conseguimos nada com a "inteligentzia" musical brasileira. Apesar das dificuldades, organizamos um Festival Internacional de Música Eletroacústica no Parque Lage, com a participação de vários compositores estrangeiros e demos três concertos no MAM-RJ, com a casa lotada. Junto com J. C. Barbedo e Rodolfo Caesar, produzi um programa de rádio sobre música eletroacústica na Eldorado FM, do Sistema Globo de Rádio. Não me perguntem o porquê, mas quando o programa despertou o interesse de patrocinadores, foi tirado do ar. Fui então trabalhar na Rádio Roquette Pinto (rádio estatal), onde produzi e apresentei, junto com o músico e maestro Paulo Moura, o programa "Formaberta", onde tratávamos da música do século XX, mas falávamos principalmente de jazz, paixão compartilhada por nós dois. Além desse, eu também produzia e apresentava outro programa chamado "Música do século XX", onde valia tudo - de Beatles à Arnold Schoemberg, de Elvis Presley à John Cage. |
Tempo bom! Grana nenhuma, mas muita diversão. Enfim, mudou a direção da rádio e dançamos todos. Neste momento (1980) eu estava preparando um espetáculo eletroacústico onde haveria muita imagem relacionada à música que eu estava compondo. Saí em viagem, com meu irmão, de carro, pelo Brasil para recolher sons e fazer as fotos (com uma câmera emprestada) para o espetáculo e na volta já estava considerando a possibilidade de trocar a música pela fotografia. Muito mais pelo descaso que os órgãos públicos tinham pela música de vanguarda do que por paixão incontrolável pela foto. Alguns meses mais tarde, ainda em 1980, vendi meu clarinete, instrumento que eu tocava (e mal...) nesta época, comprei um equipamento fotográfico, alguns livros sobre fotografia e laboratório e comecei a queimar filmes até que passei a fotografar profissionalmente fazendo as fotos de divulgação da série de espetáculos musicais "Seis e Meia", produzido por Albino Pinheiro. Trabalhei, então, como fotojornalista de 1980 a 1987. Fiz fotos para divulgação, cartaz e programa de inúmeros espetáculos teatrais; Participei do Caderno de Cultura "Folhetim", do jornal Folha de São Paulo; |
Sempre
como free-lancer, trabalhei por algum tempo para a Cia Vale do Rio Doce,
para a revista médica "Diálogo" do laboratório
Roche, para a Associação Carioca dos Empresários Teatrais,
entre outros. Em 1986, associei-me à agência de fotojornalismo Fotossíntese, onde tive fotos publicadas nos principais jornais e revistas do Brasil ( Veja, Isto É, Manchete, Jornal do Brasil, Última Hora, Estado de São Paulo, Folha de São Paulo, Folha da Tarde, etc). Durante o incêndio do edifício Andorinha (1986), realizei uma série de fotos que foram publicadas na primeira página dos principais jornais do Brasil: Jornal do Brasil, Estado de São Paulo, Folha da Tarde, O Dia, Tribuna e no exterior, através da France Presse Internationale. A partir de 1987, dediquei-me à foto publicitária e consegui convencer Delfina de Araujo, minha mulher, a vir trabalhar comigo no estúdio como sócia e gerente. O estúdio atende a clientes das mais variadas áreas e já recebeu vários prêmios "Colunistas" e outros.: |
Exposições Outros trabalhos Fora do trabalho, gosto basicamente de música (jazz e erudita), arte, vinhos, cavalos e sinuca. |