Delfina de Araujo
sócia-gerente,
supervisora de produção e atendimento,
com experiência
de 20 anos
na área publicitária.
 







 
Nasci, há muito tempo atrás, no interior de Minas, num lugarzinho, outrora muito simpático, chamado Sereno.
Livre e de pé no chão, cresci subindo em goiabeiras, mangueiras, jaboticabeiras e tomando banho de rio nas ditas cachoeiras, na verdade, um riacho cheio de pedras.
 
Acho que vem desta infância, cercada pela natureza, a minha paixão pelas plantas em geral e pelas orquídeas em particular.

Depois fui para um colégio interno estudar, onde fiquei seis longos anos (só voltando para casa nas férias) e sofrendo a perda da liberdade.
Ao me mudar para o Rio de Janeiro, onde conheci Sergio, tudo mudou.
Estudei música, toquei flauta, virei hippie.
Após me formar em licenciatura em música, fui para a França me encontrar com o Sergio (que havia ido meses antes) para estudar composição de música eletroacústica, numa linda cidade do século XII, chamada Bourges. Aliás, fui para a França com a cara e a coragem, pois sabia muito pouco de francês.

 
Tive que aprender na marra e ir ao mercado fazer compras era uma guerra e uma aula. Sergio me dizia como pedir, mas daí até os franceses se dignarem a fazer algum esforço para entender, ia uma grande distância. A primeira vez que pedi 1 quilo de arroz e a moça me serviu foi uma festa.


 
Enquanto isso, as aulas no curso eram pacientemente traduzidas por Sergio.
Algum tempo depois, e graças a uma televisão que nos ajudou muito a aprender a língua, comecei a trabalhar na secretaria do GMEB, o que me colocou em contato com compositores do mundo inteiro e que me foi útil no curso, onde compus algumas músicas, dei concertos e tive composições eletroacústicas minhas tocadas nas rádios européias.

Compondo nos estúdios do GMEB


 

Concerto realizado em Bourges

Tempos depois, voltando para o Rio, participei de festivais internacionais de música eletroacústicas e concertos no Parque Lage e no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM)

Concerto realizado no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM)

 
Vendo que era impossível viver de música eletroacústica, dei outra guinada na vida e fui ser secretária executiva, me tornando o registro nº 1 de secretária executiva trilingüe.
Depois, outra guinada. Cansada de administrar para terceiros, tornei-me sócia de Sergio no estúdio de fotografia, completando uma feliz parceria pessoal, tornando-a também comercial.
No estúdio, além de sócia, me tornei supervisora de produção e agente e tentamos estabelecer como norma de trabalho do estúdio, o estilo dos estúdios americano, onde a agente faz os contatos externos enquanto o fotógrafo permanece no estúdio.

No meio destas mudanças todas, encontrei tempo para me dedicar ao estudo e ao cultivo das minhas plantas preferidas: as orquídeas.
Desta paixão, nasceu a idéia do Sergio de me presentear em l996, com um website chamado Brazilian Orchids, com uma versão em Português e outra em Inglês. Com o tempo, ele se tornou num dos mais premiados e mais conhecidos sites brasileiros sobre orquídeas, bastante visitado por orquidófilos do mundo inteiro e recomendado pela American Orchid Society em seu almanaque bi-anual e já recebeu quase 2.000.000de visitas. Dentro do site, Sergio e eu editamos uma revista chamada Orchid News, já em sua 37ª edição.

Enfim uma feliz parceria na vida privada, comercial e até no hobby.



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